quinta-feira, 29 de abril de 2010

O conto do encanto


Havia uma garota, em algum lugar do país, perto ou longe, que fazia com que seu coração acelerasse. Ela era uma mulher com espírito de menina. Era livre, solta, um bicho arredio. Mas a tal garota, laçou-a de tal forma, que apenas sua voz ao telefone fazia com que seu mundo parasse, e tudo ao redor girasse em torno daquele timbre, que aos seus ouvidos era tido como melodia.
Ela estava feliz por saber que alguém, assim como ela, acreditava em um sentimento que estava crescendo e tomando forma. Seus dias eram agonizantes, enquanto a tal garota não a contemplava com um simples bom dia através de uma mensagem no celular.
Ela nunca havia tocado, sentido o calor de sua pele, mas sabia que isso era um mero detalhe, que o mais importante já havia nascido, e que o complemento viria depois. O destino pregou-lhe essa peça, e desde então, ela vive sorrindo como uma criança que ganhou aquele brinquedo que esperava há anos.
Ela não se importava em esperar, pois bem sabia que na hora certa, iria acontecer o encaixe perfeito do abraço, a troca intensa dos olhares, o sorriso tímido correspondido, o leve toque das mãos, e como crianças que vivem a primeira paixão, aconteceria o primeiro beijo, aquele beijo inocente, de olhos bem fechados, sentindo apenas o leve e doce sabor dos lábios da pessoa amada. Ah... como ela tem sonhado com esse dia!
Como ela passava horas, sem ter nem porquê, ensaiando poesias, frases e declarações pra dizer no momento do encontro, mas só de pensar em estar frente a frente com seu bem-querer, as palavras fugiam da boca e ela já não mais lembrava o que havia pensado. Sim, a menina arredia havia se apaixonado, e da forma mais intensa como ela sempre o fez.
Seus sonhos ganharam sentido, o toque de seu celular lhe arrancava sorrisos toda vez que era ouvido, os dias eram contados fielmente, cada minuto e segundo, para que o encontro fosse consumado. Ela tem mil palavras para dizer-lhe, sobre o que sente, o que pensa e o que quer, mas bem sabe que não irá conseguir proferir uma palavra se quer dessas tantas que escolheu a dedo. Um sorriso e um olhar serão resposta e pergunta a tudo que acontecer no exato momento.
Seria um conto de fadas? Uma mera ilusão? Não. A menina arredia decidiu tornar real, e dará o melhor de si para que aconteça. Custe o que custar. Ela nunca deixou o motivo de seu sorriso escapar de suas mãos, e nunca deixou que o medo a parasse no meio do caminho. Sua felicidade está ali, logo adiante. E ela a agarrou com unhas e dentes. Atreveu-se até a fazer planos para o futuro... coisas de quem sente, de quem vive! Quem quiser dirá que falo de bobagens, mas bem sei eu que o que falo aqui é sobre sentir, viver e sonhar.
A menina hoje sorri, canta, pula, brinca, chora. As coisas parecem bem mais reais, o dia parece ter mais cores, a noite parece ser mais romântica, e a lua tornou-se seu ponto fixo de pensamento e encontro de olhares. Sua felicidade tem nome de gente.
for... you
Manuela Cecília.

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