quarta-feira, 16 de junho de 2010

O sol se escondeu.


Corri pra janela esperando raios de sol que viessem tocar meu rosto e me fazer sentir viva... quis ver os primeiros raios matinais, aqueles das 8hrs que ultrapassam as nuvens e nos presenteiam com seu brilho e ardor. Mas o tempo estava fechado. O céu estava desabando em água, a chuva não parava de cair, e o frio deixou meu nariz gelado, meus dedos travados, e meu corpo pedindo cama.
O tempo estava fechado assim como eu. Esperei por horas que o sol viesse me sorrir, mas ele não veio. A manhã foi longa e solitária, sentada na cadeira de um escritório, na frente de um computador.. aonde o que eu mais queria era estar no xamêgo de quem me quer bem, sentindo o cheiro do cabelo e ouvindo bem baixinho em meu ouvido: "tudo vai ficar bem..."
As vezes é disso que se precisa em um dia de chuva.. do colo de quem tá longe, do cheiro, do toque, da voz sussurrando. O sol ficou guardado, e minha alegria também. Não tive muitos motivos para sorrir hoje, só algumas lembranças de minha última embriaguez.. mas hoje a chuva me fez poeta, e escrevi cartas, frases e sonhos. As cartas que eu guardo pra te entregar, os sonhos que sonhei pra nós, e as frases que me sustentam de pé.
E estou contando os minutos pra fechar os olhos e sonhar.. Estou indo dormir saudosa, meu corpo pedindo o quentinho do seu pra dormir encaixado, com teu cheiro, com tuas curvas...
É nos sonhos que minha utopia se realiza.

"Nega, sinta-se feliz..." (8)

-Manuela Cecília.

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